técnicas
A hora de voltar
por Lex em 09/Jun/2008, sobre técnicas
Aventura remete a coragem, disposição, determinação. O nosso (algumas vezes merecido) estereótipo é do esportista radical adolescente que fala “uhu radicaaaaaal” como vírgula. Bom, esses, não duram muito. Para fazer esse tipo de coisa e ter uma certa longevidade de vida, é necessario antes de mais nada calma. Esperar o tempo melhorar um ou dois dias dentro da barraca, aguardar a lua cheia para uma caminhada noturna, deixar seu joelho melhorar antes da próxima trilha, ou ainda, nem sair de casa.
Este final de semana eu iria partir para um solo, mas no momento em que a mochila estava pronta eu já estava atrasado em 5 horas. Pelos horários dos trens seria obrigado a caminhar depois de estar acordado por 24 horas, e a performance neste caso, vai lá embaixo. O sono pega, nas pausas de descanso você se vê dormindo na trilha e aquilo que era para ser um passeio acaba se tornando uma via sacra. Nas duas ou três primeiras vezes, com 18 ou 20 anos, você nem sente. Mas indo para a casa dos 30 e depois de algumas dessas teimosias você começa a sentir a diferença. Mas também passa a compreender que toda aquela aventura estará lá, te esperando para a semana que vem.
Os lugares que visitamos estarão lá por muito mais que nossa existência; então não são eles que passam em nossa vida e sim é nossa vida que passa por/para eles
Agora minha mochila esta arrumadinha. Semana que vem vou aproveitar bem mais
Acampado toscamente um uma pedra no meio de uma cachoeira por causa de instabilidade climática | ver esta foto